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[SOBRE A NARRATIVA]

O documentário JANGO NO EXÍLIO apresenta um perfil humano do presidente exilado, suas referências culturais e seu modo de agir no âmbito privado. O período narrado começa com o momento em que João Goulart deixa de ser uma figura pública no Brasil e passa a ser assunto proibido nacionalmente. Essa interdição causou uma lacuna histórica sobre a trajetória desse homem público. A interrupção da vida pública é o início dos percalços pessoais de um homem banido do seu país, que carregou sobre si o peso da acusação de ser o principal causador do golpe civil-militar de 1964 no Brasil.

A narrativa do documentário é desenvolvida a partir do testemunho de pessoas que conviveram com Jango no exílio, associadas a imagens de arquivo – de acervos brasileiros, uruguaios e argentinos – e a imagens e sons atuais dos locais onde João Goulart morava, trabalhava ou frequentava durante o desterro, captados sob a luz natural do outono na região sul continental. A forma como foram realizados os registros das fazendas e dos lugares que Jango viveu no exílio aportam dados visuais e sonoros sobre a rotina e o perfil humano do ex-presidente. Essa abordagem do registro – aliada ao trabalho de montagem do filme – também tem visa sugerir as transformações ocorridas naqueles lugares, com o passar do tempo. A presença espectral do passado evoca a passagem pretérita de Jango por aqueles ambientes.

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